Nasceu em Campos no dia 04 de setembro de 1902 e faleceu no dia 13 de
outubro de 1956, aos 55 anos de idade. Filho de João Antonio Rebel
Filho e Ana Pereira Rebel.
Nelson desde a infância se revelou
muito estudioso, por este motivo foi, desde bem novo, encaminhado para o
Grupo Escolar João Klapp, passando, a seguir para o colégio de dona
Iolanda Hamberger. Já alfabetizado passou a ter aulas com dona Branca
Cardoso para se preparar no vestibular do Liceu de Humanidades de
Campos. Em 1914 passou a estudar naquela instituição de ensino.
Após
o término do curso, matriculou-se na Faculdade de Direito do Rio de
Janeiro. Com muito sacrifício sua família pode mantê-lo por um tempo, em
condições mínimas, na então capital da República, onde fora residir em
casa de família como pensionista.
Mas as coisas pioraram e Rebel
foi morar na casa de um tio em Santa Rosa, Niterói (RJ). Todo dia pegava
a barca e atravessava para o Rio. Destacava-se por sua dedicação e
inteligência junto aos professores. A seguir deixou Niterói e foi morar
na casa de seu amigo Rossine Nolasco.
Adoentado e em dificuldades
financeiras, o pai de Rebel o convoca a voltar para sua terra natal e se
dedicar ao comércio da família, já que lhe faltavam os recursos para
prosseguir com os estudos. A família se uniu novamente e com um esforço
maior Nelson pode dar continuidade aos seus estudos.
Nas horas de
folga, Rebel convivia com o escritor Coelho Neto, que o recebu em sua
casa, tornando-se familiar e amigo dileto, estimado por todos da
família, como fora, também, do douto casal Bevilacqua, onde absorvia as
lições e palavras eruditas do mestre civilista.
Em 4 de novembro
de 1922 recebe a notícia da morte de seu pai. Mesmo com grande
dificuldade, decide concluir o curso. Em 1926 finalmente recebe o
diploma de bacharel em Direito.
Pensando em sua família, Rebel
retorna a Campos, onde monta seu escritório de advocacia e passa a ser o
defensor dos pobres. Um tempo depois foi convidado para ser responsável
pelo setor jurídico da prefeitura. Mais tarde se tornou procurador da
prefeitura e inspetor federal do Ensino Comercial.
Com a
credencial de professor de Direito na Escola Clovis Bevilacqua, da qual
foi um dos fundadores, o Governo convida-o a dirigir o Departamento de
Educação do Estado.
Casou-se com Zilá Peixoto Pereira Rebel e
continuou cuidando de sua mãe e irmãs. Nelson e dona Zilá tiveram três
filhos: Cleia, Sandro e Icléia.
Foi professor e diretor do Liceu de Humanidades de Campos e da Escola Normal.
Advogado,
jurista, político e professor, dr. Rebel foi o primeiro presidente da
recém fundada Academia Campista de Letras, em 15 de julho de 1939, onde
figuravam intelectuais de renome tais como: Gastão Machado, Godofredo
Nascente Tinoco, Barbosa Guerra, José Landim, Rinaldi Antunes, Rogério
Gomes de Souza, Alberto Lamego e Lamego Filho.
Pereira Rebel foi
eleito para a Academia Fluminense de Letras, para ocupar a cátedra de
Quintino Bocaiuva, mas não chegou a tomar posse de sua cadeira.
Eleito
deputado constituinte, ocupou a presidência da Assembleia Estadual (Alerj), em 1945.
Ocupando, em seguida, a Procuradoria Geral do Estado, onde procurava
aplicar a lei com justeza, dessa forma contrariando interesses de
muitos. Porém, através de atos oficiais publicados, recebe a notícia de
ser demitido "a pedido" do cargo de procurador geral do Estado. Como seu
último emprego, foi Rebel conduzido à advocacia da Caixa Econômica
Federal.
Nelson Pereira Rebel foi um apaixonado de Azevedo Cruz, ocupou, na
ACL, a cadeira que tem como patrono este ilustre poeta campista e autor
de "Amantia Verba", poema que exalta a sua terra natal. No entanto,
Nelson não teve tempo de se dedicar ao estudo sobre o poeta e sua obra
não se realizou.
Obra:
Questão criminal (Arlindo P. Humberto Pacheco) – 1936
Discurso – Proferido na solenidade da promulgação da Carta Magna Fluminense – 1947
Saudação (ao Dr. Heitor Camillo, em 26/09/32 Hotel Flávio) – 1937
Ética profissional (Conferência realizada na Escola de Direito Clovis Bevilaqua – 1938
Ruy em Haia (Discurso em 09/11/49, na Assembléia) – 1954
Processo criminal Dr. Alberto Senra Filho – 1938
Memorial na Ação da Reclamação – Sebastião O. contra a Prefeitura Municipal de Campos - 1938
Fonte:
CARVALHO, Waldir Pinto de. Gente que é nome de rua, 1988.
AMORIM, Carlos. Em memória de Nelson Pereira Rebel, 1956.
Muito bacana, o meu ainda não é desse, eu tenho o Cooktop indução 4 bocas Fischer ele é muito bom, só tomar cuidado com as panelas
ResponderExcluir