quinta-feira, 10 de maio de 2012

Antonio Carmelo (padre)





















Nasceu no dia 9 de fevereiro de 1870, em São Cristóvão (SE). Filho de Maximiano Teixeira de Jesus e Januária Carolina de Jesus. Apesar de não ser campista de nascimento, foi considerado campista de coração, devido aos grandes serviços prestados à igreja, quando vigário da Matriz de São Salvador, segundo Alberto Lamego. Cursou o primário em pequenos colégios da região onde nascera. Ao sentir a vocação para a vida religiosa, na idade própria entrou para o seminário, na Bahia. Concluiu o Seminário no dia 1º de novembro de 1894.
Começou sua vida de vigário em várias paróquias  da Diocese baiana. Em 1897, foi transferido para São Paulo. Lá, além de pároco, entrou para a vida pública, sendo eleito Intendente Municipal. Ao término desse mandato, resolveu seguir para o Rio de Janeiro, onde atuou no magistério, vindo a  fundar um colégio, o  Externato Atheneu da Guanabara. Em 1907, Padre Carmelo inaugurou  o Colégio Boa Vista, no alto da Tijuca.
Em 1919, para substituir o Padre Olimpio de Castro, foi nomeado para servir como vigário na Freguezia de São Salvador de Campos, tomando posse no dia 20 de abril desse mesmo ano. Mais do que um padre, D. Carmelo era um homem de grande cultura e gostava de escrever expondo suas ideias. Através de diversos jornais de Sergipe e da Bahia, mostrou, desde cedo, que era uma pessoa polêmica. Foi colaborador do Jornal do Brasil, da Revista Basiléa e da Folha do Comércio. Mesmo em Campos, mantinha sua ligação com o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe.
Em 1924, quando a Matriz de São Salvador foi elevada à categoria de Catedral, padre Carmelo foi nomeado para a Cúria da mesma.
Em 29 de dezembro de 1927, escreveu uma carta ao Bispo de Campos, D. Henrique Mourão, pedindo demissão do cargo da Cúria Diocesana da Catedral, pois discordava de certas medidas tomadas pelo Bispo, tais como a venda das pratas da igreja, segundo Alberto Lamego, registrado  em seu livro Efemérides, da coleção Terra Goitacá.
Padre Carmelo era considerado um homem inteligentíssimo, culto e caridoso.
Além de professor, padre Carmelo foi diretor do Liceu de Humanidades de Campos.

Obra:

Traços de luta – a visita do Sr. Mozart a Campos –1926
Impressões e saudades – 1912
Olympio de Campos perante a história – 1910
Uma visita à minha terra 
O governo de amanhã 
A estátua de Monsenhor
Últimos ecos do Rio
Aspectos sergipenses
Haja homens!
Ecos do presbitério

Fonte:
CARVALHO, Waldir Pinto de. Gente que é nome de rua, 1985.

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