sábado, 5 de maio de 2012

Joel Ferreira Melo























 Romance amotinado
     
“O que restou para sempre
não pode ser apagado:
verde - varanda – telhados

o que restou para sempre
não pode ser apagado.

Em seus ombros seus cabelos
na maciez dos seus braços
na flor aberta dos seios
meus olhos amotinados”

Nasceu em Campos, a 4 de junho de 1935. É filho de Francisco José de Mello e Francisca Ferreira Mello. Estudou em vários colégios de Campos: Escola D. Pedro II (na fazenda Santa Terezinha), Externato Imaculada Conceição. Concluiu o ginásio em 1952, no Ginásio São Salvador. Entrou para o Liceu de Humanidades de Campos, em 1953, para fazer o Científico, mas não pôde concluí-lo, pois teve de prestar serviço militar no Forte Marechal Hermes, em Macaé (RJ). Naquela cidade foi membro do Clube de Poesia. Em 1955, deu continuidade aos estudos no Colégio Batista Fluminense, em Campos. Em janeiro de 1956, muda-se para o Rio de Janeiro, onde concluiu o Científico no Colégio Frederico Ribeiro.
Foi eleito para a Academia Pedralva de Letras e Artes, vindo a ocupar a cadeira de Tomé Guimarães. Participou do 1º Salão Fluminense de Poesias, ministrou aula no “Curso de Poesia” da Academia Pedralva. Realizou várias conferências.
Atualmente atua como professor no Centro Universitário Fluminense de Campos (UNIFLU), nos cursos de Comunicação Social e Letras, tanto na graduação como na pós-graduação, como orientador de pesquisas. Também se encontra trabalhando em um livro, fase final, que resgata a história do movimento cultural em Campos, desde o século XX até a primeira década do século XXI.

Obra:
Ensaio nº 1 de Poesia
Regionalismo e Universalismo na moderna poesia brasileira
Conquistas estéticas do modernismo
Encantamento – 1954
Seis poetas – 1959
Prover (Projetos diversos autores campistas) e outros – 1985
Da condição de existência ao luto do desejo na enunciação de um ser – poema – 1975
Tensões da Identidade Nacional – em texto telas e filmes Sec XX – 2003
Cerne em sede – 2005

Fonte:
Noite do escritor campista – 1973

2 comentários:

  1. Talento, modéstia e determinação é como pobremente defino Joel Melo, companheiro, por breve tempo, nunca o esquecemos. As suas lúcidas considerações balizaram meu caminho de dúvidas. Reconhecimento perene...

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  2. O professor Joel Ferreira Melo me brindou com seus conhecimentos e me ajudou muito a conhecer o mundo mágico da literatura.
    O Cerne em Sede revela a força da veia poética desse escultor da poesia. Seus versos compõem o amor pela sua família, ao passo que evidencia sua tristeza pelos pedaços de gente jogados pelo chão da.cidade cinza, mas deixa aflorar a alegria de reencontrar o irmão querido em Raid aéreo.
    A você, meu querido amigo, um grande abraço, do seu sempre discípulo e incontestável admirador, Augusto Granja.

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