domingo, 29 de abril de 2012

Newton Périssé Duarte




















Nasceu na Fazenda do Éden, Município de Itaperuna (RJ), em 1911, e faleceu, em março de 1973, no Rio de Janeiro. Teve as primeiras lições em casa, desenvolvendo também estudos de música.
Desde criança tocava flauta, violino e piano, participando naquela fase da “Orquestra dos meninos do Coronel Rodolfo” ou “A Bandinha do Éden”.
É, porém, campista de coração, terra para onde se transferiu em 1926, contando, então, 15 anos de idade.
Estudou no Instituto Comercial e no Liceu de Humanidades de Campos até 1930, transferindo-se depois para o Rio de Janeiro, onde fez seus estudos no Colégio Pedro II e na Escola Nacional de Música.
Em 1934, voltou para sua Campos. Ingressou, após defesa de tese, no Liceu de Humanidades como professor catedrático de Português e lecionou também nos colégios Bittencourt e São Salvador.
Além de erudito professor de Português, era exímio pianista. Apaixonado pela música fundou, com outros amigos, o Orfeão de Santa Cecília Centro de Cultura Campos, conjunto integrado por pessoas oriundas de diversas camadas sociais e que se distinguiu no cenário cultural do Estado do Rio, tendo sido seu diretor artístico e conceituado regente.
Escreveu, ao longo da vida, artigos em jornais sobre filologia, folclore, música e literatura, além de ter pronunciado inúmeras conferências a respeito daqueles temas.
Fez interessantes pesquisas sobre o folclore na Baixada Campista, envolvendo a mais famosa lenda da região: “O Ururau”, conhecido como “jacaré-do-papo-amarelo”, habitante do fundo do rio.
Compôs também vários arranjos para o coro de peças musicais, inspiradas na ciência popular, como a conhecida “Mana Chica do Caboio”.
É de sua autoria a música do Hino Oficial do Município de Campos, com letra de algumas estrofes do poema “Amantia verba”, do consagrado poeta Azevedo Cruz.
Em 1960, com o intuito de mostrar Campos aos campistas, publicou uma monografia, a primeira de uma série, sob o título “Ontem e hoje entre o povo de Campos”.
Em 1962, desencantado com os rumos da educação e com a desvalorização do professor deixou Campos, transferindo-se com a família para o Rio de Janeiro, onde exerceu outras atividades, sem, porém, abandonar sua terra adotiva, vindo, frequentemente, passar o verão na praia de Grussaí, município de São João da Barra (RJ).
Era membro da Academia Brasileira de Filologia e da Academia Campista de Letras.

Obra:


Escólio do poema “Amantia Verba” de Azevedo Cruz – 1954
Ontem e hoje entre o povo de Campos (origem da capela de N. S. do Perpétuo Socorro) – 1960
As grandes fontes de Inspiração de Azevedo Cruz – 1970
Professor Antenor Nascente – Discurso na Acad. Fl. De Letras – 1966
Escólio do Poema Amantia Verba de Azevedo Cruz – 1998

Fonte:


Escólio do Poema Amantia Verba de Azevedo Cruz - 1998

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