sexta-feira, 27 de abril de 2012

Phoncion Serpa


 “Meu coração é um convento,
Tem freiras de toda  idade:
_ uma disse, em juramento,
Que se chamava saudade.”

Nasceu em 07 de agosto de 1892, em Limeira do Itabapoana, que na época pertencia a Campos, e faleceu em 28 de janeiro de 1967, no Rio de Janeiro. Filho de Joaquim Pereira de Vasconcelos Serpa e Agripina Paraíso Serpa.
Cursou o primário em dois colégios: O Candido Mendes e o Colégio Paraíso. Cursou o ginásio no Liceu de Humanidades de Campos, onde se fez amigo de ilustres autores campistas, tais como Múcio da Paixão, Viveiros de Vasconcelos e Paulo Barroso. Ainda fora do âmbito do Liceu, procurava estar em contato com jornalistas e letrados, tais como Silvio Fontoura, dos irmãos Guimarães, dos irmãos Fraga, do Dr. Jovelino Paes e de muitos outros.
No Rio de Janeiro cursou a Faculdade de Medicina, de 1913 a 1918. Esta carreira o fascinou. Dedicou-se à Medicina Sanitária e Preventiva, após ter perdido um irmão de tétano e outro de febre amarela. Esta doença, que foi um flagelo naquela época, acometeu também diversos membros de sua família, bem como a ele próprio, que conseguiu escapar. Perdeu, também, duas filhas gêmeas, vítimas de coqueluche.
Foi telegrafista, por concurso, dos Correios e Telégrafos; foi médico da Comissão Rockfeller na Campanha Sanitária contra a Febre Amarela; médico do Ministério da Educação e Saúde, de 1932 a 1944; chefiou a Missão de Socorro às Vítimas do Terremoto que assolou o Chile em 1937. Foi  Secretário de Saúde do governo de Sergipe na década de 20, e de chefe da Secretaria da Saúde e Assistência do antigo Distrito Federal; chefe de Gabinete do Ministro de Educação.
Como escritor, Phócion Serpa, produziu contos, poesias, romances, ensaios, impressões de viagens, biografias, crônicas e novelas. Escreveu sobre o folclore brasileiro.  Proferiu muitas conferências. Sua obra “Cachoeira do Inferno” recebeu menção honrosa da Academia Brasileira de Letras. Foi um dos fundadores e presidente da Academia Carioca de Letras. Foi eleito sócio da Academia Fluminense de Letras, bem como da Academia Petropolitana de Letras. Por seus relevantes serviços prestados ao Chile, recebeu, das mãos do chefe de Governo, alta comenda e fizeram-no membro das Sociedades Bolivianas (Simon Bolívar). Escritor, contista, poeta, critico, ensaísta e biógrafo. Foi secretário da Academia Brasileira de Letras. Amava sua terra natal, em várias ocasiões a visitava, mantinha um círculo de amizades, escrevia e a citava em vários artigos e na imprensa.

Obra:

Cérebro feminino... contos e impressões – 1925
Cachoeira do Inferno – 1928
A natureza na poesia de Alberto de Oliveira – 1930
Os médicos na Literatura Brasileira – 1931
Variações Literárias - 1931
Calouro! – 1935
A vida gloriosa de Osvaldo Cruz - 1937
Páginas chilenas – 1940
Poesias chilenas - 1941
Miguel Couto uma vida exemplar – 1943
Oswaldo Cruz – 1945
O Soldadinho da favela – 1949
A vida apostolar de Elizabeth Leseur – 1950
Francisco Otaviano – 1952
Alberto de Oliveira – 1957

Fonte:

Biblioteca Welligton Paes;
Momento Cultural nº 2, 1970;
Noite do escritor Campista;
Revista da Academia Campista de Letras nº 76.

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