sábado, 28 de abril de 2012



Osório Manoel Peixoto da Silva









Nasceu em Campos, em 07 de março de 1931, e faleceu, em 10 de junho de 2006, em Cachoeiro do Itapemirim (ES), onde estava residindo. Filho de Manoel Barbosa da Silva  e Maria das Dores Barbosa. Cursou as primeiras letras, não chegando a fazer cursos superiores. Já aos 16 anos trabalhava no jornal “A Notícia”, passando por outros jornais, tais como: “A Cidade”, “Monitor  Campista”, “Correio de Campos”, “O Dia” e jornais de São João da Barra. Aos 20 anos foi para o Rio, iniciando-se na “Imprensa Popular”, jornal de esquerda, perseguido pela polícia. Foi para a “Última Hora”, de Bocayuva Cunha, que revolucionara o jornalismo. Ali, foi autor do “furo” ( um passageiro do trem da Leopoldina, viajando de Vitória para o Rio comeu um filé de carne bovina e passou a falar fino e virou bicha, de onde a polêmica sobre engorda de boi com hormônio feminino) que originou muitas piadas de âmbito nacional e inspirou a marcha carnavalesca “Boi da Cara Preta” ( coitado do Waldemar, tá dando o que falar. Comeu carne de boi falou fino e deu pra se rebolar).
Mais tarde foi correspondente de “O Globo”, noticiando a descoberta de petróleo na bacia de Campos, que repercutiu internacionalmente.
Depois de quase 30 anos de jornalismo profissional, inventou de escrever, iniciando-se na literatura de Cordel, que inovou, intercalando prosa e verso.  Poeta, cordelista, romancista, historiador. Sua preferência é o verso livre, repassado de ternura e preocupação social, um tanto ativista e contestadora, denunciando suas origens. 
Em 1994, recebeu o prêmio “Jose Marti”, da Casa Cuba-Brasil, pelo conjunto da obra literária; em 1996 recebeu em Campos, também pelo conjunto da obra, juntamente com José Cândido de Carvalho e Hervé Salgado Rodrigues, o prêmio “Alberto Ribeiro Lamego”.  
Foi tido como o escritor-proletário, não só pelo fato de ter sido militante do socialismo, mas pelo fato de editar seus livros com grande dificuldade — pelo menos em relação aos cordéis — saía ele mesmo pelas ruas vendendo seus escritos.

Obra:

Historias da Abolição (em versos) – 1973
História do Liceu de Humanidades de Campos – 1980
Mangue –
O Frade e a Freira – 1982
Copacabana nuinha em pêlo – 1983
Os momentos decisivos da história dos Campos dos Goitacazes – 1984
O Frade da moça bonita
O Urural da Lapa – (1ª ed.)- 1976
A Lama da morte (cordel) -
O Incendiário de Atafona (cordel)
Garotinho, esperança do povo (cordel) – 1987
O cordel do jogo de bicho
O galo favelado – 1987
O Ururau da Lapa e outras estórias – 1976
A Rua do Homem em Pé – 1989
Luiz Gordo, uma vida sem destino –
O nosso Alair Ferreira – Zé de Campos –
O Ururau da Lapa e outras estórias – aumentado com o O Frade e a Freira (4ª ed.) – 1991
O Patinho Feio – (adaptação) -
Tiradentes – 1992
500 anos de Campos dos Goytacazes – 2003
Poemas de amor e o Ianque – 1994
Ururau – Grupo de teatro Delta –
Esquizofrenia – O novíssimo testamento – 1997
Bela Joana, a filha do sapateiro – 1999

Fonte:

RODRIGUES, Hervé Salgado. Na taba dos Goytacazes, 1988.
www.palavrarte.com/equipe/equipe_osorio.htm - Em cache (Acessado em 01/08/2011)

2 comentários:

  1. Sou um grande admirador! Tem uma escrita maravilhosa!

    ResponderExcluir
  2. Estranho que em uma lista de autores campistas apresentada pela Câmara Municipal de Campos, um órgão oficial, não conste o nome do escritor e poeta Osório Peixoto Silva, que por suas obras, pode facilmente ser considerado um dos três maiores escritores de nossa terra.

    ResponderExcluir